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Open banking: sabe o que é, para que serve e como funciona?

18.01.2022
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O open banking permite-lhe ter mais flexibilidade na gestão diária do seu dinheiro.

Com o open banking os bancos passaram a integrar os seus sistemas com outros fornecedores de serviços digitais, o que facilita a sua vida. Os clientes têm agora a possibilidade de gerir as suas finanças de uma forma global, com mais facilidade e em segurança.

O que é open banking?

O open banking é um modelo de negócio que utiliza interfaces de programação de aplicações (API) para compartilhar dados financeiros entre vários intervenientes. É o caso da partilha de dados entre fornecedores de serviços financeiros, como bancos ou seguradoras, e clientes ou entre diferentes pessoas (P2P). Provavelmente o mais conhecido exemplo em Portugal é o serviço MBWay que lhe permite realizar várias operações bancárias como levantamentos de dinheiro ou transferência de valores para outras pessoas com facilidade.

O nome pode induzir a pensar que é uma tecnologia específica, mas é no fundo uma forma inovadora de, enquanto cliente, ter acesso a um maior leque de produtos ou serviços. Para o efeito, os bancos estão a mudar os seus modelos de negócio para se ajustarem e facilitarem o recurso a determinados serviços.

Por exemplo, já é possível ter na aplicação móvel de determinado banco o acesso aos saldos que o titular tem noutros bancos, o que facilita saber, de uma forma global, que dinheiro tem disponível no total em dois ou mais bancos numa mesma aplicação. 

É importante salientar que além da inovação no acesso a serviços por parte dos clientes, a segurança e a privacidade são sempre uma prioridade. Por isso, o open banking recorre a métodos de proteção que passam por exemplo pela aprovação, por parte do cliente, de cada troca de informações bancárias digitais.

Por outras palavras, através do open banking, os bancos e outras instituições financeiras trabalham em parceria para criar novas soluções e serviços.

Para que serve o open banking?

Os clientes, cada vez mais digitais, querem que a sua relação com os bancos seja tão simples como o acesso a uma rede social ou a uma loja online. Por isso, os bancos estão a modernizar-se para acompanhar os desejos do cliente. O consumidor, habituado a comprar online em poucos minutos, não gosta de ter de aceder ao seu banco do mesmo modo que fazia há 20 ou 30 anos. Quer rapidez de resposta e segurança. E os bancos estão a acompanhar essa jornada do consumidor.

Naturalmente, é também uma forma da banca e outras instituições financeiras garantirem novas oportunidades de negócio e a fidelização dos clientes. Para si, a principal vantagem é o acesso a novas soluções e serviços personalizados que lhe facilitam a vida.

Os bancos e instituições financeiras estão a adotar este novo modelo, em conformidade com a Diretiva dos Serviços de Pagamentos revista (PSD2) e a respetiva transposição para o enquadramento legal português. Em traços gerais estas regras exigem que os bancos permitam aos clientes compartilhar os seus dados financeiros com outros fornecedores.

Como funciona o open banking?

Em termos tecnológicos, o open banking funciona por meio de interfaces de programação de aplicações ou Application Programming Interfaces (API) em inglês.

Na prática é um conjunto de rotinas e padrões definidos por um software para a utilização das suas funcionalidades por aplicações que apenas pretendem usar os serviços daquele software.

Ou seja, tem como função permitir a troca de dados entre diferentes programas de software. No caso da banca, os bancos podem trocar dados entre si, mesmo com softwares diferentes, o que permite ao cliente fazer pagamentos, gerir contas, entre outros serviços sem descurar as questões relacionadas com a segurança e privacidade de dados.

Evita que o cliente, por exemplo, partilhe desnecessariamente códigos de acesso ao mesmo tempo que determina que informações quer compartilhar e com quem.

O open banking fará cada vez mais parte da sua vida. As novas empresas ou serviços financeiros, nomeadamente de pagamentos (Google Wallet, Paypal, Revolut, Apple Pay, IfThenPay, apenas para citar alguns exemplos) já nasceram preparadas para esta nova realidade.

A banca tradicional está a adaptar-se e a repensar os modelos de negócio para fazer face à concorrência com estas novas entidades.

Enquanto isso, o cliente está cada vez mais capacitado para controlar onde e como faz as suas transações, seja qual for o prestador de serviços.

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