5 formas de investir as suas poupanças: risco versus rendibilidade
28.02.2022Maior o risco: maior o lucro ou prejuízo em potência. Menor risco: capital assegurado.
Quando se pensa em investir, muitas vezes se pensa que isso é só para quem tem muito dinheiro. Mas não tem de ser assim. A leitura das páginas de «mercados» dos jornais, a consulta ao site do Banco de Portugal, em especial ao Todos Contam, ao qual fomos recolher a generalidade da informação aqui apresentada, e, naturalmente falar com as pessoas em quem mais confia são algumas das formas de se informar. Pode contar ainda com a ajuda especializada da equipa da MaxFinance.
Um tema que já abordámos anteriormente, a poupança é uma das regras básicas de uma gestão responsável e equilibrada das finanças pessoais. É fundamental para:
- concretizar os seus projetos de vida, como viajar, comprar carro ou casa ou financiar os estudos;
- acautelar imprevistos como desemprego, acidente ou doença inesperada (fundo de emergência);
- ou preparar um complemento de reforma.
Quais os cuidados básicos para investir?
Mas poupar é mais que colocar o dinheiro num mealheiro ou numa caixa no roupeiro atrás da roupa. Se não investir, seja qual for o montante que dispõe, estará constantemente a desvalorizar-se. Investir é pôr o dinheiro a trabalhar para si, multiplicando-se em diferentes tipos de aplicações. É importante conhecer-se e conhecer as opções que existem no mercado, para tomar decisões informadas.
As aplicações devem ser escolhidas de acordo com os seus objetivos, sem riscos indesejados e com uma rendibilidade ajustada às suas expetativas. Em regra, quanto maior o nível de risco maiores as probabilidades de rendibilidades altas, mas também de perdas avultadas. Quando o risco é baixo poderá lucrar pouco, mas terá sempre o seu capital garantido.
Em suma é necessário:
- Conhecer as caraterísticas das aplicações escolhidas e respetivos riscos;
- Acompanhar a evolução do investimento ao longo do tempo e, se necessário, mudar para outra alternativa (com cuidado para não perder tudo o que ganhou em taxas e comissões):
- Salvaguardar a poupança da família;
- Diversificar (como diz o ditado popular: não pôr todos os ovos no mesmo cesto).
Quais são as opções disponíveis para investir?
Sem pretender ser uma lista exaustiva, deixamos aqui algumas opções que existem no mercado e onde pode aplicar a sua poupança.
Depósitos bancários
As instituições financeiras, como os bancos, têm à sua disposição:
- depósitos simples;
- contas poupança;
- depósitos indexados e duais.
São produtos bancários disponíveis em instituições financeiras com diferentes rendibilidades e riscos. Entre os investimentos possíveis os depósitos são geralmente de baixa rendibilidade e riscos reduzidos. Em geral, têm o montante investido garantido.
Entidade de supervisão: Banco de Portugal.
Instrumentos financeiros
Uma opção com mais riscos, mas tipicamente com uma maior rendibilidade, especialmente se o dinheiro for aplicado a longo prazo, pode ser adquirido através ou junto de instituições de crédito. Deve ter em conta que as ações e obrigações obrigam, geralmente, ao pagamento de comissões. Se não estiver atento, está a perder dinheiro.
Aqui as opções são:
- Ações;
- Obrigações.
As ações e obrigações são emitidas por instituições de crédito ou por empresas não financeiras e comercializadas por instituições de crédito, como por exemplo bancos.
Entidade de supervisão: Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Planos de Poupança Reforma
Os Planos de Poupança, incluindo os Planos de Poupança Reforma (PPR), são comercializados por instituições de crédito e seguradoras. Podem estar associados a seguros ou a fundos de investimento.
Entidade de supervisão dos PPR associados a seguros: Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF);
Entidade de supervisão dos PRR associados a fundos de pensões: CMVM
Certificados de Aforro e Certificados do Tesouro
Esta é outra opção de baixo risco, embora não isenta de risco. Beneficia de juros compostos, o que significa que o montante vai aumentando gradualmente. Os certificados de Aforro e do Tesouro representam dívida pública emitida pelo Estado Português e podem ser adquiridas nos balcões do Correios de Portugal (CTT) ou através da página AforroNet, no sítio do Instituto de Gestão da Tesouraria e do Crédito Público (IGCP).
Entidade de supervisão: IGCP.
Bens imóveis
O investimento em Fundos de Investimento Imobiliário é uma forma relativamente segura de multiplicar o seu dinheiro. Os riscos são relativamente inferiores aos fundos mobiliários e existe no mercado uma oferta variada, incluindo, naturalmente a aquisição de ativos no mercado financeiro ou de imóveis. Tipicamente é um investimento de longo prazo.
Enquanto num fundo de investimento mobiliário o valor é aplicado na compra de ações e obrigações, dívida do estado ou outros valores, no caso dos fundos imobiliários o capital é aplicado na aquisição de casas, terrenos, escritórios ou lojas, entre outros.
Existem fundos de investimento imobiliário abertos, fechados ou mistos.
Entidade de supervisão: CMVM
As sociedades gestoras de FII têm por objeto principal a gestão, em representação dos participantes de um ou mais fundos de investimento imobiliário. A gestão dos fundos de investimento imobiliário pode também ser exercida por uma sociedade gestora de fundos de investimento mobiliário, sendo-lhe aplicáveis as regras definidas para as sociedades gestoras e para os fundos de investimento imobiliário que administrem
A rendibilidade de um FII resulta dos ganhos auferidos pelo arrendamento ou venda de imóveis pelo gestor do fundo e o processo de investimento decorre de forma semelhante ao processo de compra e venda de ações em Bolsa. É uma alternativa para os investidores que desejam aplicar o seu capital no mercado imobiliário.
O mercado imobiliário está a crescer e deverá ter atingido os 33 mil milhões de euros transacionados em 2021, mais 10% que em 2020, segundo uma consultora imobiliária que prevê para 2021 yelds de 4% no caso dos escritórios e 4,25% no comércio de rua. No caso do imobiliário industrial e logístico será de 5,75% e nos centros comerciais ficará nos 5,25%, já verificados no final do ano passado.
O yeld é o retorno obtido a partir de um investimento feito. É a diferença entre o valor investido e o que o investidor recebe mais tarde, em forma de lucro.
Investimento inovadores e arriscados
Pode ainda optar por formas mais recentes de investimento como os ETF, criptomoedas ou startups. Ou ainda em ativos ainda mais arriscados como CFD.
Lembre-se que os intermediários de crédito da MaxFinance estão sempre disponíveis para o aconselhar em todas as situações.